Através de uma visão inesperada, certamente estimulada
por forças espirituais superiores, pude ver o nosso planeta povoado por espíritos
feridos, com corpos em chagas, cheios de sofrimentos e dores, trazendo em seus
íntimos mágoas, rancores, ódios, inimizades, culpas, medos, angústias e muitos
outros desequilíbrios. Somos todos nós, humanos, encarnados e desencarnados.
Pude sentir os olhares do Alto, dos nossos Guias e Protetores espirituais,
cheios de amor e compaixão. Senti a intensidade e a dedicação com as quais se
empenham por nós e pude perceber que poderiam ter seguido seus caminhos em
direção a outros orbes, a outras dimensões mais evoluídas. Mas eles não
partiram, simplesmente ficaram por piedade.
Nosso planeta visto pelo Alto parece com um campo
de guerra cheio de homens, mulheres e crianças feridos. Uns ajudando os outros,
mas todos feridos. À medida em que caminhamos, que seguimos em frente com fé e
amor no coração, vamos nos curando aos poucos de todos os nossos traumas e desequilíbrios
internos. A nossa cura não está nas mãos dos nossos Guias e Protetores, está em
nosso interior, deve vir de dentro para fora como um feixe de luz que purifica
e cicatriza, fechando nossas feridas. São dores muito profundas, traumas muito
intensos, que criamos através de nossos relacionamentos desequilibrados com
todos aqueles que já viveram conosco e com aqueles que ainda vivem. Todos os
sentimentos negativos que alimentamos em nossas vivências, solidificam-se em
chagas e feridas em nossos corpos espirituais. São muitas e são profundas. Somente
através do nosso entendimento, da nossa compreensão e do nosso perdão é que
podemos nos curar.
Através da oração e da meditação podemos pedir a
Deus que nos dê o entendimento necessário, a força e a coragem para olhar para
dentro de nossos corações e enfrentar todas as nossas dores, angústias e
sofrimentos. Todo o Alto sofre por nós, todos os nossos sustentadores nos
enviam suas energias vivas e divinas e Deus nos cobre com o manto da carne para
que possamos ter a oportunidade de superar nossas fraquezas. Devemos buscar
nosso equilíbrio interior, perdoar e pedir perdão a todos aqueles a quem
possamos ter causado algum mal, inclusive a nós mesmos. Perdoar a nós mesmos
muitas vezes é ainda mais difícil e doloroso, pois é um processo através do
qual nos defrontamos com nossos erros e precisamos assumi-los um a um. Assumir
nossos erros, encarar nossos medos, é a parte mais difícil em nossa caminhada
evolutiva. Devemos manter nossas mentes e corações abertos para receber as
emanações do amor divino irradiadas sobre nós. Pois somente através de suas energias
vivas e divinas podemos agregar nossos espíritos e, irmanados, seguirmos em
direção a Deus.
SENZALA DE UMBANDA
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