domingo, 7 de dezembro de 2014

HINO DA UMBANDA


O Hino da Umbanda foi composto em 1961 por José Manoel Alves (letra) e Dalmo Trindade Reis (música). 

José Manoel era cego e, em busca de sua cura, foi procurar pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas. Embora não pudesse ser curado da cegueira, ele se apaixonou pela Umbanda e compôs a música que foi aprovada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas e nomeada por ele como o Hino da Umbanda.

"Refletiu a luz divina
Em todo seu esplendor
Vem do Reino de Oxalá
Onde há paz e amor.

Luz que refletiu na Terra
Luz que refletiu no Mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar

Umbanda é paz e amor
É Um Mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
E a grandeza que nos conduz.

Avante filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá."

Salve a Umbanda! 


sábado, 22 de fevereiro de 2014

SOBRE A ESPIRITUALIDADE DE CADA UM


 A seguir, um texto muito interessante que fala sobre a Espiritualidade além das religiões e sobre o qual devemos refletir bastante. Pois sabemos que o nosso verdadeiro Deus está acima de nós a das nossas diferenças.  Boa Leitura!

ESPIRITUALIDADE PARA QUÊ?
por Alessandra França
"Jonathan era um menino comum voltado para seus afazeres estudantis numa família cheia de afeto e alegria, mas desde os primeiros dias de sua vida trazia em seu olhar algo diferente que chamava a atenção das pessoas mais atentas. Com o seu crescimento, suas preferências e aptidões ultrapassavam o comum da maioria das crianças. Jonathan tinha uma capacidade ímpar de pensar além, ver sentido onde ninguém mais via. Tudo o que era tido como dificuldade, para Jonathan era um adorável desafio o que o destacava das demais crianças em suas criações e desenvoltura. Por ter tido a sorte de nascer numa família atenta e harmoniosa, suas faculdades salutares foram se expressando com tanta naturalidade que sua presença parecia anunciar a primavera em qualquer estação. 

Talvez você conheça uma criança assim, mas quantas são estimuladas a continuar com esse natural processo? O que era aquilo que Jonathan exalava em sua vida com tanta naturalidade? O que o fazia ser diferente e ser uma pessoa "fora da caixa"? A resposta correta é Inteligência Espiritual. 

Inteligência Espiritual é a "inteligência com que abordamos e solucionamos problemas de sentido e de valor; a inteligência com a qual podemos inserir nossos atos e nossa vida em um contexto mais amplo, mais rico, mais gerador de significado; a inteligência com a qual podemos avaliar que um curso de ação ou caminho na vida faz mais sentido do que outro... É a nossa inteligência final". Danah Zohar 

Muitos de nós fomos impedidos de deixar que essa Inteligência Espiritual se desenvolvesse naturalmente como um desabrochar de uma flor. E ao longo da vida, os que não puderam ter a sorte do Jonathan viviam perseguindo o preenchimento de um vazio que era traduzido como desejo de comida, drogas, relações confusas, afeto a qualquer preço, fórmulas mágicas para alívio imediato, religiões confusas, antidepressivos, ansiolíticos etc.. 

O fato é que a Inteligência Espiritual é parte da nossa natureza e sempre encontra uma forma de se fazer presente, mesmo que não seja percebida ao longo da vida. A Inteligência Espiritual é o "canal" por onde podemos experimentar a Espiritualidade ou melhor, vivenciá-la em sua essência. 

A Espiritualidade, no melhor contexto da palavra, é a infinitude e expansão do nosso Ser e a Consciência é o seu melhor instrumento. A Espiritualidade nos impulsiona a pensar além da lógica, a ver através dos sentimentos e a encontrar um significado maior para as grandes questões da vida. 

Infelizmente um tema tão profundo e infinito vem sendo confundido ou limitado em conceitos e dogmas religiosos sofrendo, assim, uma verdadeira profanação do seu significado em si. Porque religião e dogmas tentam reduzir o sentido amplo da Espiritualidade em sua doutrinas, algumas vezes insanas e limitadoras ilusórias do Ser. 

Espiritualidade não tem relação alguma com religião. Espiritualidade tem tudo a ver com a consciência e seu grau de desenvolvimento e expansão. Quanto mais receptivo e dedicado ao entendimento, à busca de significado e ao autoconhecimento puro, mais facilmente se entrega o instrumento consciente à Espiritualidade. E esta descoberta ocorre à medida do crescimento e desenvolvimento consciente. 

Quanto mais espiritualizados, mais livres e se o entendimento que se julga espiritualizado o deixa preso em algum dogma, julgamento ou doutrina, menos livre se torna. 

Espiritualidade tem um forte poder transformador, levando a cada área da vida como, por exemplo, profissão, relacionamento, saúde, missão e propósito mudanças reais e paupáveis ao longo da vida e à medida da expansão e uso da Consciência. 

A questão de desenvolvimento espiritual é totalmente independente de religião ou dogmas e está ligado diretamente à Consciência, ou seja, ao que é infinito em cada ser e se desenvolve a partir da consciência atenta e desperta. Esse movimento do despertar permite mudanças, por exemplo, de referências como o parâmetro de uma visão dualista para um profundo entendimento e percepção da Unidade do Ser. 

Esse profundo entendimento da Unidade do Ser se dissocia da visão religiosa ou dogmática da dualidade como, por exemplo, o bem e o mal, positivo e negativo, espírito e corpo. 

O melhor conceito de Espiritualidade deve surgir a partir da compreensão da relação Espírito x Mente e seus reflexos que não podem ser aprendidos "enquanto se dorme", pois se trata do real despertar para Existência do Ser. O desenvolvimento espiritual pode ser a chave para uma vida plenamente feliz, mas está relacionado com a consciência desperta em todos os níveis do conhecimento, sentimentos e emoções. 

Ainda que se busque uma "mágica" para resolver todos os problemas relacionados ao sentido da vida, se a percepção da Espiritualidade continuar no campo da materialidade dualista, tudo o que se alcançará será apenas mais um dia de sono profundo com a ilusão do despertar. 

É possível descobrir o infinito num grão de areia, onde a lógica da inteligência mental não o compreende e a força da inteligência emocional não o sente, no entanto, só a Inteligência Espiritual o toca e o desvenda."

Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=37732

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ORAÇÃO À MÃE IEMANJÁ


“Ó Iemanjá Rainha dos mares, Mãe protetora da flora e da fauna do mar, Vós que sois a guia dos navegantes, pescadores e marinheiros. Vós que sois a protetora dos que se encontram perdidos e em perigo pelos mares da existência. Dirige os teus olhos aos humildes, aos fracos e aos simples de coração. Para que nossos caminhos não sejam perdidos, para que nossas rotas sejam iluminadas com tua luz de bondade, e para que nada nos afaste do caminho da gratidão e da misericórdia.

Ó Iemanjá Sereia dos mares, protege aqueles que precisam do teu amor. Mostra ao homem o teu princípio de igualdade, guie aqueles que estão sedentos de justiça, aqueles que são necessitados de caridade. Dê a todos nós, seus devotos, a consciência da sua condição de irmandade.

Tú, ó Sagrada Mãe Iemanjá, que representa a vida, a reprodução, a criatividade, as emoções, a família, abençoe-nos. Nos ensine a sermos humildes, guie-nos pelos mares da verdade, da fé, da gratidão e da comunhão. Derrame sobre nós vossas energias vivas e divinas para que nossos corações possam vibrar paz, união, fraternidade e caridade. Que todos nós possamos manifestar os mesmos sentimentos e ideais divinos, independente de raça, cor, credo, nacionalidade, e de todas as nossas diferenças. Pois somos todos filhos do mesmo Pai. 

Vós, Iemanjá, que governas as águas, derrama sobre o ser humano a tua proteção, purifica nossos corpos e nossos espíritos, enche nossos corações de amor e de alegria. Descarrega todas as impurezas nas profundezas do vosso mar sagrado e renova os nossos espíritos. 

Sagrada Mãe Iemanjá, faz com que cada um de nós aprenda a preservar o amor divino que há em nosso íntimo desde a nossa origem. Que assim seja. Amém!”


domingo, 12 de janeiro de 2014

SÃO ROQUE


São Roque é geralmente representado em trajes de peregrino, por vezes com a vieira típica dos peregrinos de Compostela, e com um longo bordão do qual pende uma cabaça. Um dos joelhos é geralmente mostrado desnudado, sendo visível uma ferida (bubão da peste). Por vezes é acompanhado por um cão, que aparece a seu lado trazendo-lhe na boca um pão.

SINCRETISMO
Ele é um santo católico muito relacionado às doenças, às curas, à proteção e aos médicos cirurgiões. No sincretismo religioso, São Roque está ligado ao nosso Sagrado Pai Omulú. Por haver muitas semelhanças entre o Pai Omulú e o Pai Obaluaiê, principalmente quando pensamos no Campo Santo onde os dois atuam e onde a maioria das pessoas os reconhece e oferenda, há muitas pessoas que associam os dois a São Lázaro. Mas no plano espiritual ambos tem funções bem distintas e bem determinadas, Pai Obaluaiê atua no plano positivo do Campo Santo e o Pai Omulú atua no embaixo do Campo Santo. Assim, ambos têm funções e vibrações diferentes e não podemos e nem devemos tomar uma mesma imagem como representação dos dois aos mesmo tempo. Sendo assim, esclarecemos que São Roque está ligado ao Pai Omulú e São Lázaro está ligado ao Pai Obaluaiê. (Obviamente, esta informação está amparada por pesquisas no plano material e foi comprovada através de consulta ao plano espiritual. Pois não queremos compartilhar ignorância no sentido de falta de conhecimentos mas, sim, o pouco que aprendemos através dos estudos e das orientações que recebemos do plano espiritual superior).  
SENZALA DE UMBANDA
SUA ESTÓRIA
"A vida de São Roque é misteriosa, não se sabe ao certo a sua origem e nem sequer o seu verdadeiro nome. Ele teria nascido por volta de 1350 em Montpellier, na França; e falecido em 1379. Algumas fontes dizem que ele seria filho de um rico mercador e que teria herdado uma considerável fortuna após ficar órfão de seus pais, logo cedo. São Roque era um predestinado e escolhido por Deus desde o seu nascimento, fato pelo qual tinha como marca de nascença um sinal em forma de cruz avermelhada gravada na pele do seu peito
Diz a lenda que Roque teria estudado medicina na sua cidade natal, não concluindo os estudos. Levando, desde muito cedo, uma vida ascética e praticando a caridade para com os menos afortunados. Ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte confiada ao tio que o criou, partindo em seguida em peregrinação a Roma.
No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, próxima de Viterbo, encontrou-a assediada pela peste (aparentemente a grande epidemia da Peste Negra de 1348). De imediato, ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes,operando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um bisturi e o sinal da cruz. Em seguida, visitou Cesena, Mântua, Modena, Parma, e muitas outras cidades e aldeias. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, revelando-se cada vez mais como místico e taumaturgo.
Depois de visitar Roma (período que alguns biógrafos situam de 1368 a 1371), onde rezava diariamente sobre o túmulo de São Pedro e onde também curou vítimas da peste, na viagem de volta para Montpellier, ao chegar a Piacenza, foi ele próprio contagiado pela doença, o que o impediu de prosseguir a sua obra de assistência. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. O cão pertenceria a um rico-homem, de nome Gottardo Palastrelli, que se apercebendo miraculosamente da presença de Roque, o teria ajudado, sendo por ele convertido a emendar a sua má vida.
Miraculosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria seu tio materno, que declarou não o conhecer. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão (alguns biógrafos dizem ter sido 5 anos) até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.
Uma versão alternativa situa o local da prisão em Angera, próximo do Lago Maggiore, afirmando que teria sido mandado prender pelo duque de Milão sob a acusação de ser espião a soldo do Papa. Não se podendo livrar da acusação de espionagem (ou de disseminar a peste), morreu prisioneiro naquela cidade (diz-se que em 1379).
Embora não haja consenso sobre o local do evento, parece certo que ele morreu na prisão, depois de um largo período de encarceramento.
Descoberta a cruz no peito, a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul de França e pelo norte da Itália, sendo-lhe atribuídos numerosos milagres. Passou a ser invocado em casos de epidemia, popularizando-se como o protetor contra a peste e a pestilência e protetor dos cirurgiões. O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuído foi a cura do seu carcereiro, que se chamaria Justino e coxeava. Ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estaria realmente morto, a perna ficou milagrosamente curada.
Embora sem provas que o consubstanciem, afirma-se que Roque terá pertencido à Ordem Terceira de São Francisco."
Fonte: Wikipédia


ORAÇÃO A SÃO ROQUE
Ó São Roque, tu que deixaste a tranquilidade do lar e foste socorrer os doentes. Não recuaste nem mesmo diante da peste e da morte. Lembra-te de nós e socorre-nos com igual amor. Defende as nossas criações da peste e da doença.

Dai-nos saúde, paz na família e espírito comunitário. Fortalece em nós a fé e a esperança, na presença de Deus que nos encoraja, na construção de um mundo humano e justo. Concede-nos estas graças, pelos méritos de Jesus Cristo, com o qual partilhaste a dor e o sofrimento e que agora vive com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém!