domingo, 12 de janeiro de 2014

SÃO ROQUE


São Roque é geralmente representado em trajes de peregrino, por vezes com a vieira típica dos peregrinos de Compostela, e com um longo bordão do qual pende uma cabaça. Um dos joelhos é geralmente mostrado desnudado, sendo visível uma ferida (bubão da peste). Por vezes é acompanhado por um cão, que aparece a seu lado trazendo-lhe na boca um pão.

SINCRETISMO
Ele é um santo católico muito relacionado às doenças, às curas, à proteção e aos médicos cirurgiões. No sincretismo religioso, São Roque está ligado ao nosso Sagrado Pai Omulú. Por haver muitas semelhanças entre o Pai Omulú e o Pai Obaluaiê, principalmente quando pensamos no Campo Santo onde os dois atuam e onde a maioria das pessoas os reconhece e oferenda, há muitas pessoas que associam os dois a São Lázaro. Mas no plano espiritual ambos tem funções bem distintas e bem determinadas, Pai Obaluaiê atua no plano positivo do Campo Santo e o Pai Omulú atua no embaixo do Campo Santo. Assim, ambos têm funções e vibrações diferentes e não podemos e nem devemos tomar uma mesma imagem como representação dos dois aos mesmo tempo. Sendo assim, esclarecemos que São Roque está ligado ao Pai Omulú e São Lázaro está ligado ao Pai Obaluaiê. (Obviamente, esta informação está amparada por pesquisas no plano material e foi comprovada através de consulta ao plano espiritual. Pois não queremos compartilhar ignorância no sentido de falta de conhecimentos mas, sim, o pouco que aprendemos através dos estudos e das orientações que recebemos do plano espiritual superior).  
SENZALA DE UMBANDA
SUA ESTÓRIA
"A vida de São Roque é misteriosa, não se sabe ao certo a sua origem e nem sequer o seu verdadeiro nome. Ele teria nascido por volta de 1350 em Montpellier, na França; e falecido em 1379. Algumas fontes dizem que ele seria filho de um rico mercador e que teria herdado uma considerável fortuna após ficar órfão de seus pais, logo cedo. São Roque era um predestinado e escolhido por Deus desde o seu nascimento, fato pelo qual tinha como marca de nascença um sinal em forma de cruz avermelhada gravada na pele do seu peito
Diz a lenda que Roque teria estudado medicina na sua cidade natal, não concluindo os estudos. Levando, desde muito cedo, uma vida ascética e praticando a caridade para com os menos afortunados. Ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte confiada ao tio que o criou, partindo em seguida em peregrinação a Roma.
No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, próxima de Viterbo, encontrou-a assediada pela peste (aparentemente a grande epidemia da Peste Negra de 1348). De imediato, ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes,operando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um bisturi e o sinal da cruz. Em seguida, visitou Cesena, Mântua, Modena, Parma, e muitas outras cidades e aldeias. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, revelando-se cada vez mais como místico e taumaturgo.
Depois de visitar Roma (período que alguns biógrafos situam de 1368 a 1371), onde rezava diariamente sobre o túmulo de São Pedro e onde também curou vítimas da peste, na viagem de volta para Montpellier, ao chegar a Piacenza, foi ele próprio contagiado pela doença, o que o impediu de prosseguir a sua obra de assistência. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. O cão pertenceria a um rico-homem, de nome Gottardo Palastrelli, que se apercebendo miraculosamente da presença de Roque, o teria ajudado, sendo por ele convertido a emendar a sua má vida.
Miraculosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria seu tio materno, que declarou não o conhecer. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão (alguns biógrafos dizem ter sido 5 anos) até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.
Uma versão alternativa situa o local da prisão em Angera, próximo do Lago Maggiore, afirmando que teria sido mandado prender pelo duque de Milão sob a acusação de ser espião a soldo do Papa. Não se podendo livrar da acusação de espionagem (ou de disseminar a peste), morreu prisioneiro naquela cidade (diz-se que em 1379).
Embora não haja consenso sobre o local do evento, parece certo que ele morreu na prisão, depois de um largo período de encarceramento.
Descoberta a cruz no peito, a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul de França e pelo norte da Itália, sendo-lhe atribuídos numerosos milagres. Passou a ser invocado em casos de epidemia, popularizando-se como o protetor contra a peste e a pestilência e protetor dos cirurgiões. O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuído foi a cura do seu carcereiro, que se chamaria Justino e coxeava. Ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estaria realmente morto, a perna ficou milagrosamente curada.
Embora sem provas que o consubstanciem, afirma-se que Roque terá pertencido à Ordem Terceira de São Francisco."
Fonte: Wikipédia


ORAÇÃO A SÃO ROQUE
Ó São Roque, tu que deixaste a tranquilidade do lar e foste socorrer os doentes. Não recuaste nem mesmo diante da peste e da morte. Lembra-te de nós e socorre-nos com igual amor. Defende as nossas criações da peste e da doença.

Dai-nos saúde, paz na família e espírito comunitário. Fortalece em nós a fé e a esperança, na presença de Deus que nos encoraja, na construção de um mundo humano e justo. Concede-nos estas graças, pelos méritos de Jesus Cristo, com o qual partilhaste a dor e o sofrimento e que agora vive com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém!